Disponível na biblioteca da escola em inglês.
A Man Without a Country é o mais novo livro de Kurt Vonnegut, seu trabalho mais conhecido deve ser Matadouro 5, mas escreveu mais de trinta romances. Agora, aos 84 anos, (agora não, em 2005) publica esta coleção de ensaios, são textos corrosivos, mas, por vezes, com muito humor, por exemplo: "A última coisa que eu queria era estar vivo quando os homens mais poderosos do planeta se chamam Bush, Dick e Colon" O autor critica a política estado-unidense, os líderes do seu país, a dependência do automóvel, as invasões e mentiras perpetuadas em nome do petróleo.
Vonnegut ficou meio estigmatizado como escritor de ficção científica, sobre isso ele escreve:
Tornei-me um "escritor de ficção científica" quando alguém decretou que eu era um escritor de ficção científica. Eu não queria ser classificado como tal, por isso me perguntei de que maneira eu havia ofendido as regras para não merecer o crédito de escritor sério. Decidi que era porque eu escrevia sobre tecnologia, e os melhores escritores americanos nada sabem sobre tecnologia. Fui classificado como escritor de ficção científica simplesmente porque escrevi sobre Schenectady, Nova York. Meu primeiro livro, Revolução no futuro, era sobre Schenectady. Existem imensas fábricas em Schenectady e nada mais. Eu e meus companheiros éramos engenheiros, físicos, químicos e matemáticos. E, quando escrevi sobre a companhia General Electric e Schenectady, pareceu uma fantasia do futuro para críticos que nunca tinham visto o local.
E destila o seu pessimismo em várias partes do livro, destaco esta:
Já se deram conta de que toda grande literatura — Moby Dick, As aventuras de Huckleberry Finn, Adeus às armas, A letra escarlate, A glória de um covarde, A Ilíada e A Odisséia, Crime e castigo, a Bíblia e "A carga da brigada ligeira" — fala da merda que é pertencer à espécie humana? (E não é um grande alívio ouvir alguém dizer isso?)
E dá conselhos:
"Se querem realmente magoar seus pais e não têm coragem de se tornar gays, o mínimo que podem fazer é entrar para as artes. Não estou brincando. As artes não são uma maneira de ganhar a vida, são uma maneira de tornar a vida mais suportável. Cantem no chuveiro. Dancem ao som do rádio. Contem histórias. Escrevam um poema a um amigo, até mesmo um poema horrível. Façam isso da melhor maneira que puderem. Receberão uma enorme recompensa. Terão criado algo."
Kur Vonnegut é de origem alemã, nasceu nos Estados Unidos no dia 11 de novembro de 1922. Em 1945 testemunhou o bombardeio de Dresden enquanto prisioneiro de guerra, ele foi um dos sete sobreviventes. Esta experiência deu origem a Matadouro 5.
Sobre Dresden ele escreve em Um homem sem pátria:
Vi a destruição de Dresden. Vi a cidade antes, e então saí de um abrigo antiaéreo e a vi depois, e certamente uma das minhas reações foi a risada. Sabe Deus, é a alma buscando algum alívio.
Qualquer assunto está sujeito à risada e imagino que houve risadas de algum tipo muito grotesco entre as vítimas de Auschwitz.
O humor é quase uma reação fisiológica ao medo. Freud disse que o humor é uma reação à frustração — uma das muitas reações.
Vonnegut ficou meio estigmatizado como escritor de ficção científica, sobre isso ele escreve:
Tornei-me um "escritor de ficção científica" quando alguém decretou que eu era um escritor de ficção científica. Eu não queria ser classificado como tal, por isso me perguntei de que maneira eu havia ofendido as regras para não merecer o crédito de escritor sério. Decidi que era porque eu escrevia sobre tecnologia, e os melhores escritores americanos nada sabem sobre tecnologia. Fui classificado como escritor de ficção científica simplesmente porque escrevi sobre Schenectady, Nova York. Meu primeiro livro, Revolução no futuro, era sobre Schenectady. Existem imensas fábricas em Schenectady e nada mais. Eu e meus companheiros éramos engenheiros, físicos, químicos e matemáticos. E, quando escrevi sobre a companhia General Electric e Schenectady, pareceu uma fantasia do futuro para críticos que nunca tinham visto o local.
E destila o seu pessimismo em várias partes do livro, destaco esta:
Já se deram conta de que toda grande literatura — Moby Dick, As aventuras de Huckleberry Finn, Adeus às armas, A letra escarlate, A glória de um covarde, A Ilíada e A Odisséia, Crime e castigo, a Bíblia e "A carga da brigada ligeira" — fala da merda que é pertencer à espécie humana? (E não é um grande alívio ouvir alguém dizer isso?)
E dá conselhos:
"Se querem realmente magoar seus pais e não têm coragem de se tornar gays, o mínimo que podem fazer é entrar para as artes. Não estou brincando. As artes não são uma maneira de ganhar a vida, são uma maneira de tornar a vida mais suportável. Cantem no chuveiro. Dancem ao som do rádio. Contem histórias. Escrevam um poema a um amigo, até mesmo um poema horrível. Façam isso da melhor maneira que puderem. Receberão uma enorme recompensa. Terão criado algo."
Kur Vonnegut é de origem alemã, nasceu nos Estados Unidos no dia 11 de novembro de 1922. Em 1945 testemunhou o bombardeio de Dresden enquanto prisioneiro de guerra, ele foi um dos sete sobreviventes. Esta experiência deu origem a Matadouro 5.
Sobre Dresden ele escreve em Um homem sem pátria:
Vi a destruição de Dresden. Vi a cidade antes, e então saí de um abrigo antiaéreo e a vi depois, e certamente uma das minhas reações foi a risada. Sabe Deus, é a alma buscando algum alívio.
Qualquer assunto está sujeito à risada e imagino que houve risadas de algum tipo muito grotesco entre as vítimas de Auschwitz.
O humor é quase uma reação fisiológica ao medo. Freud disse que o humor é uma reação à frustração — uma das muitas reações.
Leila
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